A Mulher nas Diferentes Fases da Vida
Estudos
do final do século XIX mostram que as “mulheres-mães”, com idades entre
20 e 40 anos, trabalhavam no período gestacional ou de lactação como o
homem, mas se alimentavam menos do que eles, de forma que foram
constatadas avitaminoses em muitas mulheres nesta época. Um testemunho
recolhido na Calábria, em 1880, mostra que uma mãe com dois filhos
pequenos consumiam juntos o mesmo que o pai sozinho.
Isso
era comum em todas as camadas da sociedade, uma vez que se encontram
relatos de albergues para mendigos, que diferenciavam pelo sexo a
quantidade de alimentos distribuídos por semana, sendo que o homem
recebia uma vez mais que a mulher (Flandrin e Montanari, 1998).
O
maior problema não era somente de ordem cultural ou antropológica, de
forma que este modelo alimentar fundamentado na discriminação sexual
afetava uma característica exclusivamente feminina: a reprodução. Talvez
por perceber esta importante característica da mulher a civilização
progrediu de tal forma, que esses conceitos foram abolidos da sociedade,
a partir do final do século XIX (Flandrin e Montanari, 1998). Nos dias
de hoje a mulher é vista com tamanha complexidade que as recomendações
nutricionais são diferenciadas para cada fase de sua vida.
Diferenças anatômicas e fisiológicas específicas ao sexo
Na
média, as mulheres são 10 a 15 cm menores e 10 a 20 kg mais leves que
os homens e necessitam de um consumo menor de calorias, apresentando um
metabolismo basal cerca de 10% menor. A mulher possui uma parcela de
gordura cerca de 10% maior que a do homem, e dispõe de menor massa
muscular. Em relação às fibras musculares (rápidas e lentas), são
aproximadamente iguais em ambos os sexos. A força da mulher é menor que a
do homem, variando entre 54% e 80%, valores que dependem do grupo
muscular. A causa dessa diferente acentuação da musculatura está na
maior presença do hormônio sexual masculino testosterona no homem.
Em
razão da menor densidade dos tecidos, os ligamentos e músculos das
mulheres são mais elásticos e flexíveis que os dos homens. Com isto, as
mulheres dispõem, na maioria das articulações, de maior amplitude de
movimentação. Este é um dos motivos pelos quais a mulher tem maior
mobilidade que o homem, favorecendo modalidades esportivas tais como a
ginástica rítmica e artística.
Adolescente
As
adolescentes precisam de uma quantidade aumentada de nutrientes para
manter o intenso ritmo de crescimento.O pico de crescimento pode
contribuir com 15% da altura final e com 50% do peso. Por esta razão é
neste momento em que a adolescente atinge as necessidades nutricionais
máximas. Durante esta fase dá-se uma diminuição relativa de gordura
corporal nos meninos e um aumento nas meninas devido à menarca. É também
nesta fase que as diferenças sexuais relativas ao aumento de massa
muscular se instalam. São estas diferenças passam a ser o motivo de
maior diferenciação sexual.
As adolescentes, neste período de transição, deparam com muitas transformações decorrentes das alterações hormonais como:
- Acne –
aparece em 85% dos jovens e acentua-se mais no período menstrual. Para
amenizar acnes é necessário aumentar a ingestão de frutas e vegetais
ricos em vitamina A e C, pois estes atuam na constituição de uma pele
saudável; elevar o consumo de água e diminuir o consumo de gorduras
também é recomendável.
- Anemia –
é comum nas adolescentes devido à perda de ferro na menstruação e
também devido a uma alimentação pobre em ferro. Neste caso, deve-se
aumentar o consumo de carnes, feijão, lentilha, produtos de soja,
cereais enriquecidos com ferro e alimentos cítricos os quais são fontes
de vitamina C, que aumentam a absorção de ferro pelo organismo.
- Inchaço –
evidencia-se mais no período pré-menstrual devido às alterações
hormonais. Evitar o consumo excessivo de sal nas refeições e alimentos
processados é importante.
- Formação dos ossos - As
necessidades nutricionais de cálcio são aumentadas nesta fase de
crescimento pois este mineral é essencial na formação óssea.
Recomenda-se o consumo de cálcio (leite e derivados) associado ao
consumo de vitamina D (leite, ovos, margarina e banhos de sol).
A
proteína é responsável pela formação, oxigenação e manutenção dos
tecidos. A fontes mais ricas de proteína, são sem dúvida, as carnes
vermelhas (as carnes de peixe e frango são menos gordurosas, mas,
possuem menos nutrientes).
Mulher Adulta
As mulheres adultas devem dar grande atenção ao cálcio na prevenção da osteoporose.
Segundo o NIH Consensus Conference on Osteoporosis, evento realizado em
1984, deve ser consumido de 1000-1200 mg/ dia para mulheres dos 18 aos
40 anos. Para alcançar a meta de ingestão de cálcio, aproveite os
laticínios com teor reduzido de gordura, que são ricos em proteína,
cálcio e pobres em calorias, além de opções interessantes como semente
de abóbora, iogurte e espinafre cozido. Outros minerais também são
importantes na formação óssea; são eles: o fósforo (presente em
praticamente todos os alimentos, como o pão integral, laranja e ovos), o
magnésio (encontrado em cereais e em legumes como a beterraba e
berinjela) e a vitamina A (derivados do leite).
- Obstipação: Possivelmente
por questões hormonais, as mulheres sofrem mais com obstipação
intestinal do que os homens. Este problema também está relacionado ao
emocional, que nesta fase da vida da mulher é marcado por mudanças como
casamentos, emprego, filhos entre outros que aumentam as chances de se
instalar o estresse. Vale a pena, nesta fase, investir na alimentação
rica em frutas frescas, verduras, legumes e grãos integrais, ricos em
fibra alimentar. Além disso, deve-se aumentar a ingestão de líquidos
para auxiliar no trânsito intestinal.
- TPM: Freqüentemente
a mulher é afetada por modificações de humor, desejo por determinados
alimentos e ansiedade, caracterizando a Síndrome ou Tensão Pré-Menstrual
(TPM). Entre 40% e 90% das mulheres experimentam a TPM em bases
regulares, sendo a maioria na idade entre 30 e 40 anos. Durante anos
diziam às mulheres que tudo não passava de “frescura de mulher”. Segundo
Somer 1995, pesquisas atuais mostram, entretanto, que existem bases
fisiológicas para a TPM. È como se a TPM resultasse de um complexo de
fatores, incluindo desequilíbrios hormonais, retenção de líquidos e
sódio, alterações em neurotrasmissores e prostaglandinas, baixa glicemia
e nutrição inadequada. Para amenizar estes efeitos recomenda-se, não só
neste período, diminuir a ingestão de bebidas alcoólicas, café, sal e
praticar atividade física.
- Gordurinhas: A
responsabilidade de cuidar de casa e de trabalhar fora propicia a
mulher moderna um estilo de vida sedentário. E este sedentarismo está
diretamente relacionado à obesidade do tipo ginóide (abdomem e glúteos)
presente nas mulheres desta faixa etária. Esta variação de peso faz com
que elas fiquem com mania de dieta e acabem se perdendo entre fórmulas
mirabolantes para conquistar o cobiçado corpo do momento
Uma
pesquisa realizada pela Divisão de Psicologia do Hospital das Clínicas
de São Paulo (HC) confirmou a eterna mania que a mulher tem de
emagrecer. Das 206 entrevistadas, 33,6% das que estavam dentro do peso
saudável se sentiam gordas. Com os homens, aconteceu o contrário. Dos
134 entrevistados, 55,4% considerados gordos ou gordinhos pelo cálculo
do IMC se sentiam dentro do peso saudável. Outro dado importante: 34%
dos pesquisados fazem e interrompem dietas há mais de cinco anos.
Algumas mulheres admitiram ter feito mais de 30 regimes. Por isso, a
prática de exercícios físicos aliados a uma alimentação saudável não
deve ficar a segundo plano uma vez que mantêm naturalmente a mulher em
forma e saudável sem que haja necessidade de submeter o corpo ao “efeito
iôiô” tão prejudicial à saúde e tão desagradável aos olhos da mulher.
Mulher Madura
Menopausa - Biologicamente
no processo de envelhecimento feminino há uma queda gradual dos níveis
de estrogênio ovariano que é conhecida como climatério. A menopausa é a
interrupção dos ciclos menstruais pelo término da folicogênese e ocorre
entre os 45 e 55 anos de idade.
Apesar
de ser um fenômeno natural, a menopausa causa importantes efeitos sobre
a saúde feminina. Os efeitos a curto prazo (pré-menopausa) são: ondas
de calor, sudorese, palpitação e sensação de tontura. A médio prazo
(peri-menopausa) podem ocorrer os seguintes efeitos: atrofia vaginal e
cutânea (rugas), alterações urinárias e alterações psicológicas. Os
efeitos a longo prazo (pós-menopausa) são alterações ósseas e
cardiovasculares. A reposição hormonal consegue contrabalançar alguns
efeitos da menopausa mas, uma alimentação saudável e exercícios físicos
regularmente são os segredos de uma boa saúde. Aumente o consumo de
frutas e legumes frescos, são ricos em vitaminas e minerais; alimentos
enriquecidos com fibra para aumentar a saciedade e diminuir o ganho de
peso. Derivados da soja podem ajudar a normalizar os níveis de
estrógeno, que bagunça a vida de mulheres durante o período fértil e,
sobretudo, após a menopausa.
Osteoporose -
A osteoporose afeta 15 a 20 milhões de pessoas incluindo uma em cada
três com mais de 65 anos de idade. É oito vezes mais comum em mulheres
do que em homens (Krause, 1995). As mulheres são especialmente
suscetíveis a osteoporose devido a seus ossos serem menores, assim,
menos cálcio pode ser perdido antes dos problemas acontecerem. Além
disso, as mulheres mais comumente seguem dietas de baixas calorias as
quais oferecem quantidades inadequadas de cálcio e outros nutrientes
essenciais para a manutenção da saúde óssea. As mulheres também praticam
menos exercícios com pesos, os quais causam estresse nos ossos e ajudam
a manter sua densidade (Somer, 1995).
Neste
caso, mais uma vez a atividade mostra-se importante na prevenção de
perda de massa óssea bem como manter a alimentação adequada. Vale
lembrar que fumar aumenta consideravelmente o risco de osteoporose.
Obesidade -
Com o avançar da idade, naturalmente ocorre uma diminuição da massa
magra e aumento da gordura corporal. Com isso, a mulher adquire
gordurinhas e flacidez com mais facilmente. Para não ajudar ainda mais a
força da natureza que já não está mais tão favorável à mulher nesta
fase é importante trabalhar a musculatua do corpo e controlar a
alimentação.
Câncer -Nesta
fase da vida, mais do que nunca, a mulher deve estar atenta ao câncer e
se prevenir. Estima-se que, no Brasil, em 1996, ocorreram 6.450 óbitos
decorrentes de câncer de mama, sendo assim a primeira causa de morte em
mulheres (Nisida, 1998).
Em
1998, o Ministério da Saúde estimou a ocorrência de 32.695 novos casos,
com 7.165 óbitos pela doença. Estes números correspondem a uma taxa de
12,15% em relação às outras neoplasias malignas entre as mulheres
(Nasajon e Balem, 1999).
Segundo
dados do IBGE (2001) os cânceres de mama e útero, aparecem com mais
freqüência em mulheres com idades entre 40 e 60 anos.
Neste sentido, cada vez mais a alimentação se mostra uma forte aliada. Veja os que nutrientes atuam como preventivos do câncer:
- Fitoquímicos –
presente nas hortaliças, frutas e legumes são aliados da redução do
risco de câncer de mama e colo de útero. Pesquisadores da Universidade
da Califórnia sugerem que as mulheres consumam o dobro de porções
diárias de vegetais do que os homens (10 porções contra 5).
- Betacaroteno –
precursor da vitamina A, está presente em vegetais alaranjados, como
cenoura e abóbora, e em folhas de cor verde-escuro, como brócolis e
espinafre, que ajuda na síntese de tecidos do corpo e possuem indóis,
que têm ação protetora contra o câncer de mama.
- Brassina e Sulforano – estão presentes em vegetais como repolho e couve-flor, os quais aumentam as defesas orgânicas contra agentes cancerígenos.
Existe caso reposição hormonal , com testerona em caso de dor relação sexual ,
no periodo climatério a mulher perde todos os nutrientes essencial que corpo não produz ,
assim a pessoa tem tomar vitaminas , eu indico multvitaminas herbalife e calcio também agora o viagra seria mais para lubrificação vaginal em caso dor aumentar o prazer .
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